Projetos do Maranhão em agricultura familiar ganham espaço na COP 30
Sebrae destaca agricultura familiar e bioeconomia do MA em painéis na COP 30
Os painéis da COP em Belém têm abordado temas ligados ao empreendedorismo, como agricultura familiar e pequenos negócios. O assunto ganhou destaque porque, em muitas regiões do Maranhão e do Brasil, é a agricultura familiar que garante a alimentação e a renda de grande parte das famílias.
O Sebrae Maranhão participa do evento e tem discutido pautas como inclusão produtiva, bioeconomia e o fortalecimento de comunidades tradicionais. Segundo o vice-presidente da instituição, Cristiano Barroso, o painel de agricultura familiar apresenta um projeto já desenvolvido na região de Grajaú, reconhecido nacionalmente e que beneficia mais de 800 famílias indígenas com ações de capacitação e assistência técnica. A proposta é expandir a iniciativa para outras cidades do Maranhão e de outros estados.
Os pequenos negócios também têm espaço na programação. Durante a COP, uma loja reúne produtos de mais de 18 empreendedores maranhenses, com mais de 20 itens regionais. O objetivo é dar visibilidade ao trabalho desses produtores e aproximá-los de grandes empreendedores, ampliando a possibilidade de vendas para outras regiões do país.
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Entre as histórias apresentadas no evento, está a da empresária Márcia, que decidiu inovar no aproveitamento do babaçu. Ao observar a rotina das quebradeiras de coco e o baixo retorno financeiro da atividade, ela criou uma máquina capaz de transformar o babaçu em diversos produtos.
“Nosso processo é o aproveitamento integral do coco babaçu. Compramos diretamente das comunidades, sem atravessadores, e utilizamos todos os coprodutos na indústria, que fornece matéria-prima para cosméticos e alimentos”, explicou.
Projetos do Maranhão em agricultura familiar ganham espaço na COP 30
Reprodução/ TV Mirante
Os itens desenvolvidos pela empresa estão expostos na COP 13, onde o Maranhão apresenta projetos de bioeconomia que utilizam os recursos naturais sem explorar além do necessário. Em outro momento, Márcia ressalta: “Queremos que o catador seja dono da empresa que recicla o lixo. Queremos que quem quebra coco tenha acesso à máquina para agregar valor ao produto. E queremos que o indígena proteja a floresta, mas também produza nela, unindo seu conhecimento à tecnologia.”
O espaço funciona como uma vitrine de modelos de bioeconomia que podem ser replicados. Francisco, morador de Grajaú, visitou o estande para conhecer iniciativas que podem ser adotadas no município. Ele destacou a importância de discutir impactos ambientais, crise climática e trocar experiências que já deram certo em outras regiões.FONTE: https://g1.globo.com/ma/maranhao/especial-publicitario/governo-do-maranhao/governo-do-maranhao/noticia/2025/11/14/projetos-do-maranhao-em-agricultura-familiar-ganham-espaco-na-cop-30.ghtml